quarta-feira, 17 de julho de 2013

"Contos de Natal" de Charles Dickens

  • Sobre o livro
Contos de Natal de Charles Dickens
2011, Civilização Editora
261 páginas
  • Sobre o autor
Charles Dickens nasceu a 1812 e morreu a 1870, deixando dez filhos. É considerado o autor mais popular da era vitoriana, onde critica a sociedade e é descrita a vida das famílias pobres, que participaram no êxodo rural e causaram a sobrelotação da cidade de Londres, fazendo-as ainda mais pobres. As suas primeiras obras eram assinadas como "Boz", seu pseudónimo. Entre as suas obras mais conhecidas estão David Copperfield, Oliver Twist, Um Conto de Natal e Grandes Esperanças.
  • Sobre a história
A Civilização Editora, nesta edição, compilou os primeiros três contos natalícios dos cinco que Charles Dickens escreveu entre 1843 e 1848. O primeiro é Cântico de Natal, comummente chamado de Um Conto de Natal, o segundo chama-se Os Carrilhões e o terceiro O Grilo da Lareira.
 
Cântico de Natal é o mais conhecido deles todos, tendo sido adaptado diversas vezes ao cinema (a mais recente, com Jim Carrey no papel de Scrooge). Neste Cântico de Natal, Charles Dickens dá-nos a conhecer Scrooge, um velho avarento e aborrecido com a vida, que não gosta do Natal. Um seu companheiro de trabalho já morto, Marley, também era como Scrooge, e na véspera de Natal assombra Scrooge, avisando-o que se continuar a ser avarento, acabará como ele, como fantasma, entre o céu e a terra, por deixar assuntos não resolvidos. Assim começará a viagem de Scrooge aos Natais do Passado, do Presente e do Futuro, com os respetivos Espíritos. Claro que (sendo desmancha-prazeres) no final, Scrooge é bonzinho e toda a gente é feliz. Yey!
 
N'Os Carrilhões (o conto que mais gostei), Trotty é um pobre e desfortunado homem, que acredita que "Não há nada de bom em nós. Nascemos maus" e essa sua devoção aos Carrilhões é por achar que ambos tem muito em comum. Numa noite de um dia em que nada estava a correr bem, os Carrilhões chamam por Trotty e ao desmaiar, vê o futuro das pessoas que lhe eram queridas, após a sua morte. Entre diversas personagens importantes, Dickens critica a burguesia de uma sociedade onde ser-se pobre era ser-se ninguém e considerado abaixo de lixo. Deveras, o conto que mais gostei neste livro.
 
Já na última história, O Grilo da Lareira, conhecemos John Peerybingle e sua mulher Dot, que tem uma vida simples de casados, mas especial, devido ao grilo na sua lareira, que canta para os recordar de quão boa é a vida. E a história continua, lá pelo meio John pensa que Dot o trai, mas afinal foi apenas um engano, enfim.
 
Conclusão: As histórias são assim-assim. O louvável em Dickens não são as suas ideias, porque ele até nem tem fama de escrever muito bem, mas sim o facto de ter sido ele quem abriu as comportas da sátira inglesa do século 19. Muito enredo, muita descrição.
 
Um "keep it simple" para mim chega.
  • Classificação
3/5

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