segunda-feira, 22 de julho de 2013

As Canções de Amor

Vou poupar uma breve introdução e dizendo apenas: As Canções de Amor (2008) de Christophe Honoré com Louis Garrel, Ludivine Sagnier e Chiara Mastroianni.
 
Momento: Julie (interpretada por Sagnier) morre.

O que eu quero falar é como a morte é interpretada, como é vista aos olhos de várias pessoas. Nos filmes (normalmente americanos) ouvem-se gritos, pessoas a correrem em pânico. Os paramédicos a chegarem, a pedir que toda a gente se afaste. A sirene da ambulância não se pára de tocar.

Fiquei abismada. Neste filme, a morte é encarada como uma passagem silenciosa. Apenas uma pessoa tenta reanimá-la, não há gritos. A polícia chega calmamente e toma conta da situação. Os paramédicos tentam reanimá-la. Mas a polícia fala para o rádio “Delta Charlie Delta”, código para “morreu”. A morte é diferente aos olhos de cada um, mas não será para todos nós uma passagem silenciosa? Não será que é o modo de um qualquer ser superior nos dizer que o que quer que tenhamos feito durante a vida, todos temos o mesmo fim, vamos para um sítio mesmo sítio? E será esse sítio bom ou mau? Silencioso, apaziguador ou irado e barulhento?

Penso que Honoré honrou muito bem este rito. É um filme que vos aconselho e quando poderem, digam se gostaram :)

 
 

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